Não sei se já repararam nos estúdios, adereços e roupa dos apresentadores de qualquer programa feito nas ilhas seja da Madeira ou dos Açores.
O décor dos estúdios parece o departamento de revenda de móveis danificados da Moviflor, as roupas são do mais requintado look tropical emigrante, as notícias são dadas com isenção e parcimónia em tom coloquial.
Quando esteve ‘desempregada’, a Manelita podia ter aproveitado para revolucionar o formato da informação nas ilhas, com o risco de ficar sem um ou os dois bracinhos na tentativa de adoptar um fila de S. Miguel.
Esta raça não ‘embarca no inferno’ de jornalistas desinformados, ignorantes, inconsequentes e mal educados.
Estes trabalhadores da comunicação além mar, não se cobrem de brilhantina e falso profissionalismo, não fazem reportagens esquizofrénicas em directo a encher chouriços, a trocar tempos verbais à Jorge Jesus e quase nunca perguntarem o nome de quem entrevistam, haja o mínimo de respeito pelos anónimos.
Em vez de uma senhora obesa na meteorologia dos Açores, todos preferiam ver uma sereia a anunciar altas temperaturas para o grupo central mas não é isso que vai fazer parar a chuva, característica quase diária destes territórios insulares.
Esta senhora não é nenhuma caloira, não está ali para se despir e assim subir na hierarquia televisiva, lá está, o aspecto não influencía em nada a qualidade da informação sempre manipulada de raiz.