17
Jul20
Com piada
Rita Pirolita
O que posso escrever mais para parecer uma rapariga eclética e normalzinha?...
Não me sinto daqui, isso já sabem, não gosto de pessoas, isso também já notaram, então que trivialidades me fazem deambular por este mundo, na liberdade que consigo mas não à deriva?
Estarei mais presa e condenada ao fútil do que penso?
A falar de famosos virtuais, do fadeaway das redes sociais, de política, de hipocrisia e engano, de amigos falsos e gente egoísta, da irritação do Natal e festejos que só mostram mais o lamaçal de inconsistências em que vivemos...
A falar de famosos virtuais, do fadeaway das redes sociais, de política, de hipocrisia e engano, de amigos falsos e gente egoísta, da irritação do Natal e festejos que só mostram mais o lamaçal de inconsistências em que vivemos...
Não será tudo isto o leito do lago de onde nunca conseguimos sair, com pedras atadas aos tornozelos, a estrebuchar por um céu que nem a luz conseguimos ver por estarmos tão fundo em águas turvas e estagnadas, qual Alegoria da Caverna e suas sombras...
Quando assumo que somos uma merda também estou incluída, que seria de mim pensar que estou imune ao julgamento e critica dos outros, posso é não levá-los em conta, mas isso são outros tantos.
O que me levaria a concordar com alguém que diz não ser saudável, eu não gostar do convívio como a maioria gosta que se desdobram em jantares e fretes com amigos e desilusões de anos de dedicação, para parecerem inseridos, quando estão a aturar muita gente em vez de apreciar a companhia de uns poucos ou quase nenhuns.
Não será doentio um riso amarelo, um mexerico, a falta de coragem de dizer o que vai na alma correndo o risco de passar por rude, mal-educada, mau-feitio, teimosa e má?
Por isso me sinto mais saudável ao evitar o doentio dos demais, que me criticam, será por inveja, admiração ou desprezo por não os considerar, sentem-se atingidos na sua importância, não se resumem humildemente à parvoíce humana intrínseca, não se sabem rir deles nem dos outros?
Não me importa se me acham gira, vejo-me mais como alguém com alguma piada que não é obrigada a partilhar tudo o que pensa mas diz o que lhe vem à cabeça quando lhe apetece sem olhar a susceptibilidades, na sinceridade da resposta, que cala quem tiver que calar como seleção natural de quem não me deve mais chatear!
Não me importa se me acham gira, vejo-me mais como alguém com alguma piada que não é obrigada a partilhar tudo o que pensa mas diz o que lhe vem à cabeça quando lhe apetece sem olhar a susceptibilidades, na sinceridade da resposta, que cala quem tiver que calar como seleção natural de quem não me deve mais chatear!