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Nov19
Primos direitos...e esquerdos?
Rita Pirolita
Os graus de parentesco sempre foram um desafio para o meu raciocínio.
Nunca cheguei a perceber a extensão familiar dos compadres alentejanos mas sei o que são camaradas.
Facilmente baralho e troco tudo.
Pais e filhos, irmãos, avôs e avós, sogras e sogros, até aqui não me baralha, genros e noras também não, embora fosse mais fácil mudar só o género em vez de dar um nome diferente, por exemplo as noras podiam ser genras, já os genros se fossem noros não soava muito bem!
Bisavós, trisavós e tetravós e pára por ai, não há pentavós, porquê?
Os primos são sempre direitos, não há esquerdos, há chegados ou afastados mas não distantes e até que grau se é primo suficientemente afastado para com total certeza não arriscar a ter filhos malucos. Porque é que nas primas mais se lhe arrima? Só para fazer rima?
As tias-avós são umas lambonas açambarcadoras, acumulam logo dois parentescos numa só pessoa.
Enteados, são entremeados por uma família ou outra?!
Cunhados e cunhadas, é sinal que já há gente a mais para dividir a herança da cara-metade! Enquanto não se chega a esse ponto, às vezes pelo caminho vai-se dividindo a cama!
Toda a gente antes de ter um parentesco tem um nome, mas sabe tão bem receber uma boa herança de um tio ou primo do Brasil que nunca vimos nem sabíamos que existia, quanto mais saber o nome!
Toda a gente antes de ter um parentesco tem um nome, mas sabe tão bem receber uma boa herança de um tio ou primo do Brasil que nunca vimos nem sabíamos que existia, quanto mais saber o nome!