Não sei que ideia fazem de mim fisicamente mediante aquilo que escrevo!
Se calhar não gostava de saber ou tanto se me faz, não posso mudar o que tenho e não me achando feia, não tenho defeitos físicos, tenho imperfeições carismáticas, aceito de bom agrado aquilo com que nasci, sem algum dia ter tido a coragem de mudar artificialmente fosse o que fosse, bem ok, usei aparelho nos dentes mas não usei óculos nem botas ortopédicas, também não tinha que me calhar tudo!
Se têm de mim a ideia de uma figura frágil, submissa, cândida e doce...é porque não leram uma vírgula daquilo que escrevo, não me conhecem de todo, se pensam que sou muito expressiva e transmito rebeldia, provoco alvoroço, sou insubmissa, inquieta, arisca e muito convicta? Talvez vislumbrem algo mais próximo da realidade que eu imagino de mim!
Como eu me vejo e sinto e aquilo que os outros pensam, costuma ter alguns pontos de encontro mas outros nem tanto se tocam!
Ora vejamos.
Muitos me acham bonita, eu acho-me interessante e nada sensual, muitos me acham atlética, não pratico nada e nunca fui adepta de exercício com rotinas, comparo-me mais a uma mulher russa dos murais de propaganda comunista, alta, rude, de membros fortes, ombros largos, mãos e pés grandes, de aspecto nada frágil, lábios largos, olhos rasgados, maçãs do rosto proeminentes, orelhas pequenas, cabelo farto, forte e indomável.
Não tenho ar feminino e doméstico, a pedir cuidado e protecção, sou a mulher que caminha ao lado de alguém, não faço frente a todos nem me acanho escondida, vou quando me dá na gana da justiça!