A mistura encapotada e falsa de culturas e classes sociais diferentes no mesmo espaço, foi sempre apanágio de grandes cidades em países ricos, que se querem mostrar inclusivos e civilizados, quando em países pobres essa separação é descaradamente propositada.
As classes são falsamente criadas pelas elites, para distrair da escravização, domínio e controlo pela ignorância, com degladiações e falsas lutas por melhores condições que nunca serão alcançadas.
A pobreza e dependência económicas dos mais desfavorecidos, é criada pelo próprio poder instalado para controlo de actos e ideias de uma forma barata, traduzida em subsídios que fazem o favor de manter a pobreza sem morte por abandono completo, pela qual o estado não quer ser responsabilizado nem pode ser culpado.
Ajudas poucas, o suficiente para não deixar morrer mas também não deixar mudar a condição social, tudo acompanhado neste melting pot de abandono escolar, pouco interesse com o que se passa fora do bairro, e criação de algumas iniciativas que funcionam numa área muito restrita da comunidade e que o poder local vende como sendo o caminho para uma vida melhor.
É pura ilusão mas tem que se dar ao povo pão e circo, fazê-lo acreditar que só disso deve viver. Se viverem com pouco também não podem pedir nem ansiar por muito.
Enquanto populações desfavorecidas viverem de subsídios do estado, irão sempre ter a atitude e pensamento de reclamar e se aproveitar de direitos sem cumprir deveres, as classes massacradas pelos impostos sentem-se mais responsáveis por preservar os espaços que ajudaram a pagar.
Diferentes culturas e costumes nunca convivem pacificamente, principalmente quando a tentativa de mistura é vista no seio de cada grupo como ameaça à sua identidade e costumes, respondendo a essa inclusão forçada com violência, destruição, revolta e consequente marginalidade.
Cada bairro ou comunidade, podia ser visto e sentido como um jardim, que tem que ser cuidado com orgulho e concorrente com vizinhos igualmente bons.
Os resultados nesta área ao longo dos tempos, são a prova de atropelos atrozes à identidade pessoal e comunitária mas os estudiosos de algibeira, continuam a insistir na mistura bombástica dos outros mas bem longe deles, porque ganham bem, saem cedo e moram na Lapa!