Pai que estais no céu...
A humanidade recusa-se a crescer espiritualmente, daí a necessidade de imaginar um deus protector no seu castigo, que nos arrasta para sacrifícios dolorosos e mutiladores para atingir o perdão e a felicidade.
Um deus que pede sacrifício em troca de bem estar, é um ser dantesco que vive do medo e alienação dos seus seguidores.
A libertação vem de dentro para fora, não é mensurável em tempo ou espaço fisico, por isso a minha liberdade não acaba quando começa a do outro, é uma liberdade partilhada sem domínios de propriedade.
Na nossa dimensão limitada de seres humanos não temos capacidade para imaginar um Deus que nos liberte, apenas queremos estar presos no conforto de pouco decidir.
Se pararmos de criar Deus, ficaremos abandonados à nossa pequenez e frágil condição no Universo.
Se Deus existisse já tinha morrido há muito, de tanto rir da figura que fazemos.
Nunca vamos querer estar por nossa conta e destino, por isso acreditamos num pai redentor e confortável que perdoa e nos demite de responsabilidades.
Deus é o que se pode arranjar nas nossas limitações e finitude, somos os cruéis predadores que atacam a sua própria espécie sem proveito nem piedade, para lá do propósito da sobrevivência pura e dura, sinal de um atraso evolutivo profundo.
Um dia seremos diferentes, quando existirmos noutra dimensão, libertos de informação genética contaminada.