Os extremos tocam-se e repelem-se na gladiação pelo poder.
É a cultura do salamaleque de quem diz bem e vão todos atrás ou de quem começa a dizer mal e a devassa vem por aí abaixo.
Assim se arrasta a real carneirada atrás do real coitadinhismo com real queixume, de políticas que aumentam a vitimização atrás da denúncia que expõe, usa e humilha em vez de ajudar!
Os pobres vendem-se aos ricos por tudo e por nada, estendem a mão a dinheiro fácil, em troca de orgulho amarfanhado, delapidação da dignidade e riqueza da pátria.
Políticos que mantêm povo a ração, numa casa que convém controlada com rédea curta e justiça que não funcione, para que a desorientação deixe o roubo impune e a governação por mérito seja chutada para as catacumbas.
A vil estupidez dos energúmenos desacredita o acesso justo às oportunidades.
A cultura imposta da diferença quer-nos a todos iguais, numa alienação de luta que leva à divisão ao culto do ódio e à falta de liberdade e independência mal trocada por fugaz segurança e vigilância.
A virtude não está ao centro, deveria estar entre e dentro de cada um de nós!