Mula do cigano
Está na moda gritar pela defesa das minorias que tanto foram massacradas no passado ou denunciar a subsidio-dependência dos que não querem sofrer dessas maleitas chamadas trabalho escravizante ou esforço descomunal para sobreviver, pagar impostos e ter uma vida de merda à mesma.
Ciganos...agora todos os defendem e deram conta da sua existência, fazem exposições alusivas aos seus costumes e cultura itinerante, até a Catarina Furtado já entrevista putos ciganos que querem ser veterinários e advogados sem irem à escola, assim também eu gostava.
Fazem campanhas de domesticação, a desincentivar os casamentos entre menores tal como o abandono escolar.
A verdadeira cultura cigana assenta numa recusa de grilhões, na liberdade de apenas obedecer às suas regras sociais e hierárquicas e tradições familiares, com as crianças e os anciães no topo da lista, brindados com conforto e a serem protegidos da fome e da doença, típico de sociedades ancestrais e pobres com sobrevivência dificultada, que sabem que as crianças garantem a continuação da família e comunidade e os velhos são o garante de passagem das tradições e ensinamentos que permitem a coesão da etnia.
Viviam descaradamente, antes mais que hoje, do roubo, pilhagem e aproveitamento da propriedade privada da qual não têm noção nem respeitam, porque os seus hábitos nomadas ancestrais não se compadecem com a posse de bens materiais, com criação de raizes e acomodação num só local.
Na verdadeira alma cigana o mundo é uma casa gratuíta, a natureza dá alimento sem trabalho de cultivo ou criação de animais, sendo um dos seus pitéus favoritos, o indefeso e fofinho, ouriço cacheiro.
Os cavalos são o seu transporte de eleição, um bem fácil de manter, desde que haja pasto selvagem ou alheio para os alimentar.
Com o negócio ilícito de ouro e drogas, disfarçado com a venda de roupa e calçado em feiras, não pagam impostos, não cumprem nenhumas regras comerciais, vendem marcas contrafeitas tal como os chineses seus concorrentes, não apresentam rendimento, candidatam-se a todos os subsídios possíveis, vivem em casas em vez de tendas e substituíram os cavalos por Mercedes roubados.
Assim se transformam em seres aparentemente domesticados ao aproveitar os direitos da sociedade e continuando ariscos ao cumprimento de deveres.
Os conflitos são resolvidos de forma primitiva, os choros e gritos das mulheres são acompanhados por homens de peito levantado, que tiram armas das malas dos carros para defender coisas tão importantes nesta etnia, como a honradez do nome de família ou da donzela prometida em casamento que dura 3 dias pelo menos, com tudo de bom e luxuoso que a tradição manda.
Identifico-me muito com o espirito livre destes piratas de terra, mas não gostaria de ser mulher no seu grupo, ter pretendente marcado à nascença, casar cedo, rapar o cabelo e vestir preto até ao fim da vida em caso de viuvez, no verão, o calor que faz a roupa escura!
Por outro lado gostava de viver relativamente bem, sem trabalhar a vida toda, não ir à escola, já que nada se aprende, nem há empregos para gente instruída, não pagar casa, o Mercedes dispensava, porque não é marca que me atraia.
Todos terem medo, a ponto de dizer que não têm queixas dos vizinhos ciganos, que não são racistas, até se dão bem com eles e apreciam as suas festas e convivência estrondosas, à parte os tiros! Quando a coisa dá para o torto, aí é de fugir e eles que se entendam, matem e esfolem, que nem a policia os quer aturar.
Uma das minhas amigas de infância era cigana mas não se notava nada porque já era domesticada, andava na escola e vivia num andar, qual gaiola dourada da civilização, tinha mais bonecas que eu, porque os familiares espanhóis lhe mandavam tudo de outras bandas e ventos mais evoluídos, eu orientava-me com duas bonecas e brincava uma vez por semana só com uma delas.
Todos sabemos que Espanha sempre foi forte em maus casamentos, caramelitos, torrão de Alicante, Toblerone, ciganada e bonecada.
Libertina e maluca sou eu e não recebo nenhum subsídio e pago impostos que me lixo.
Sou a verdadeira mula do cigano!