06
Jul20
MORANGOS
Rita Pirolita
Os meus favoritos, simples, sem nada a fantasiar, tatuados que estão numa perna, a outra poderia levar com cerejas em homenagem à mãe que tanto as adorava.
Esta fruta pantone-luso, cor-paixão com verde em cocuruto, flor branca delicada, pés ramificados que se espalham e invadem gentilmente a terra num tapete verde de folha recortadinha, salpicado por pequenos corações vermelhuscos, brilhantes, apanhados no minuto antes de estarem muito bons para que não corram o risco de devoração por bicharada.
Não percebo o chantilly, açucar, chocolate negro ou branco ou champagne...Para disfarçar o quê? Para enriquecer o já ouro?
Exige-se que se desfaçam na boca num doce-amargo de emagrecer e limpeza de toxinas, restam depois pequenas grainhas que nos vêm entre dentes num esmagar de semente de papoila.
Esta é a minha homenagem, a vós MORANGOS, gostava tanto que soubessem ler, talvez consigam ouvir...PARA MIM SÃO OS MELHORES DO MUNDO!