04
Ago20
Nenhum medo teremos
Rita Pirolita
A morte arrepia?...
Cada vez menos quanto mais se aproxima.
Acabados de sair da boca do corpo para o mundo, ocupados com as dores de crescimento não pensamos no que estamos a pensar.
Em breve seremos adolescentes apaixonados em desespero de morte ou suicídio, tanto mais sofregos de alienação e sonhos quanto mais proibidos.
Desespero de momentos feitos eternos mas tão voláteis, de densidade incomportável por muito mais tempo.
Desespero de momentos feitos eternos mas tão voláteis, de densidade incomportável por muito mais tempo.
Sacudimos a vergonha e loucura de paixões passadas e tempo temos para aprender a crescer mais sem errar tanto.
Olha-se para trás com nostalgia do fulgor, chegamos mais perto do gozo da quietude.
Pensamos na morte com mais clareza e um dia de tão perto estar nenhum medo teremos.