04
Ago20
Nem fascistas nem comunistas
Rita Pirolita
Se todas as correntes políticas contribuíssem com a sua melhor parte praticada com a melhor das intenções, teríamos uma democracia pluralista e não divisões, acusações e desonestidade em guerras ideológicas de bancada de parlamento que não se preocupam com o justo bem estar de quem deviam governar com um mínimo de respeito!
Por Raquel Varela, Historiadora
(...) E porque as políticas de assistência social não implicam transferência de renda dos lucros para os salários mas dos sectores médios de trabalhadores para os sectores pobres.Isto é, aumentam a desconfiança e o mau estar entre trabalhadores – se nós não entendemos isto deixamos de dialogar. Quando os sindicatos e os partidos social democratas e de trabalhadores passaram a defender subsídios de desemprego, rendimentos mínimos e bolsas família, em vez de emprego, entregaram uma parte dos seus trabalhadores, sérios, decentes, no colo da extrema-direita.
Junte-se a isto o apelo doentio, em nome dos «direitos humanos», à concorrência entre si – negros contra brancos, “favelados” contra centro; LGBT contra hetero, homens contra mulheres, nativos contra migrantes – são anos de políticas sucessivas de apelo à fragmentação e à concorrência, tudo em nome de proteger os «oprimidos», sem qualquer plano de coesão social, unificado. Há sempre um oprimido mais oprimido que o anterior que impede a concretização de um programa coeso de vida em sociedade.(...)