Os ricos
Conheci um homem que morreu cheio de dividas mas gozou muito a vida, costumava dizer 'os ricos devem morrer em agonia, só de pensarem no dinheirinho que não gozaram e que deixam para outros!'
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Conheci um homem que morreu cheio de dividas mas gozou muito a vida, costumava dizer 'os ricos devem morrer em agonia, só de pensarem no dinheirinho que não gozaram e que deixam para outros!'
Eu sei que custa acreditar mas não tenho amigos ou se tenho não convivo com eles, podem pensar que me sinto orgulhosa e altiva com esta posição?...
Pelo contrário, até fico triste por não existirem pessoas do meu agrado para convívio com alguma frequência, não muita, também não exageremos, mas o facto é que as pessoas são cansativas ou estão sempre a precisar de ajuda ou estão sempre a oferecê-la porque elas próprias estão na merda e não querem admitir.
Gosto de conhecer e me dar com pessoas apenas pelo prazer de estar em liberdade, à vontade, com poucos filtros mas é desgastante, por mais que tenha vivido não consigo encontrar isto e cada vez menos, fico por isso triste por um lado mas estou bem com a decisão de não deixar que delapidem a minha sanidade com exigências tóxicas e abuso do meu tempo e espaço, pelo hábito do convívio.
Eu sei que não sou a única a sentir-me assim, não me serve de consolo a raridade desta forma de vida mas é o melhor que vou arranjando, que me permite alguma lucidez, paz e coerência comigo própria!
Vá lá, não se chateiem comigo!
As poucas coisas em que fui acreditando ao longo da vida e não falo do Pai Natal, Deus, princesas, fadas, unicórnios...revelaram, não muito tempo depois, que não eram absolutas, a minha opinião e visão ia-se completando ou destruindo, com elementos muitas vezes pouco positivos.
Falo mais uma vez da macrobiótica e do período em que andei metida nisto até à ponta dos cabelos, pensava eu...
Comecei a frequentar retiros, conferências, workshops, restaurantes, seminários e a conviver quase somente com este grupo de pessoas.
Não nego que me sentia melhor em termos fisicos e até diria espirituais.
Comecei a abrir os olhos, quando descobri alguns comportamentos de compensação, face à rigidez das regras desta filosofia de vida, que para mim confesso, nunca foram difíceis de seguir, dai ter chegado à conclusão que estava preparada para ir em frente sem qualquer sacrifício e até com muito prazer, no entanto, algumas pessoas faziam das tripas coração e conseguindo enganar os outros por algum tempo mas não a si próprias por muito mais, acabavam por se render a tentações e vícios que nunca as tinham abandonado.
Dava com alguns a comer carne e a fumar às escondidas.
A vida é curta demais para ser enganada!